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Manter rotina ajuda a frear obesidade infantil durante isolamento social
Publicada em 02/06/2020


 

Manter a rotina pré-quarentena com horários definidos para refeições, sono e outras atividades está entre as recomendações mais importantes dos especialistas para frear o risco de obesidade infantil após dois meses de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus.

“Se você deixar a criança sem uma rotina, perde totalmente o controle, não só do sono, mas da alimentação e da atividade física. É importante que se tenha uma rotina mesmo estando dentro de casa”, orienta o endocrinologista Crésio Alves, do departamento científico de Endocrinologia da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).

Segundo ele, o padrão de sono irregular pode liberar hormônios que aumentam a tendência de ganho de peso. A disciplina nos horários e manutenção das atividades devem estar acompanhadas de cuidados na escolha dos alimentos.

“Recomendamos evitar alimentos industrializados e processados, dentro do possível. Procurar alimentos frescos, como vegetais, hortaliças e frutas, e não preparar refeições com alto valor calórico. A preferência deve ser para alimentos crus, in natura, e não refrigerantes e doces, por exemplo”, explica Crésio Alves, que é chefe do Serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) e professor associado de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Atividade física regular

Ficar dentro de casa não é o mesmo que ficar parado. Sem os espaços públicos de lazer, o jeito é adequar o ambiente caseiro, por vezes com espaço reduzido, para manter regular a prática de exercícios físicos.

“Você vai afastar os móveis, se for o caso, e colocar na TV vídeos de dança e música que estão disponíveis na internet e mostram como é possível manter a atividade física utilizando uma cadeira, a cama, o sofá, o tapete, sem necessidade de ir para a academia”, encoraja Crésio Alves, que também preside o Departamento Cientifico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O novo normal

O risco de aumento nos casos de obesidade pós-pandemia, diz o pediatra, pode ser “evitado ou pelo menos diminuído” se as orientações forem obedecidas e as famílias não cederam às mudanças comportamentais do “novo normal”.
“Nós iremos encontrar um novo mundo, mas não é porque o mundo mudou e as coisas estão mais eletrônicas, que vamos ceder. Essa decisão de ser sedentário, de comer lasanha pronta em vez de fazer a lasanha é uma decisão pessoal e que pode ser evitada”, exemplifica.

Ele ainda adverte quanto ao limite de tempo na exposição a telas, como computadores, tabletes, smartphones e televisores usados para entretenimento.

“Aulas virtuais, atividades acadêmicas e pesquisa na internet a gente não conta como tempo de tela. Fora isso a criança deve utilizar tela no máximo duas horas por dia”, explica, ao sugerir alternativas para a diversão, como jogos de tabuleiro, dama, xadrez e a montagem de quebra-cabeça.

"Não é porque estamos na quarentena que vamos ser obrigados a ceder às telas e obrigados a comer alimentos processados”, reitera.

O pediatra admite que o cenário de desigualdade social, agravado com a pandemia, não permite estabelecer uma regra para todos os casos, mas sinaliza que as famílias devem fazer um esforço, dentro das suas possibilidades, para seguirem as orientações em prol da saúde de crianças, adolescentes e, consequentemente, dos adultos.

“Eu sei que nós todos estamos na mesma tempestade, mas não estamos todos no mesmo barco. Tem gente que está na tempestade num iate confortável, e tem gente que está numa jangada. A tempestade é a mesma, mas o barco é diferente”.

 
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