Encontro discute relação entre trabalho infantil e suicídio de crianças |
Hebiatra Isabel Carmen Freitas representou a Sobape no ciclo de palestras organizado pelo Fetipa-BA, no último dia 10 |
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Publicada em 12/09/2020 |
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Foto: Paulo Macedo/Sobape
A Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) integrou o ciclo de palestras organizado pelo Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente da Bahia (Fetipa-BA) que discutiu os diversos aspectos que envolvem o suicídio de crianças e adolescentes suas relações com o trabalho infanto juvenil.
A programação virtual foi um reforço regional à campanha do ‘Setembro Amarelo’, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio.
“Foi uma experiência muito proveitosa, onde conversamos sobre o tema como um problema de saúde pública, discutimos a sua epidemiologia, os fatores de risco e proteção, como identificar, como abordar, como deve ser o papel da família, da escola, dos profissionais de saúde, quando encaminhar ao psiquiatra e quando indicar as internações”, detalhou a hebiatra e professora associada do Departamento de Pediatria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Isabel Carmen Freitas, que representou a Sobape no segundo dia do ciclo de palestras, na quinta-feira (10).
A hebiatra da Sobape compartilhou a discussão com a psiquiatra infanto juvenil e mestre em Medicina e Saúde e professora de pediatria na Faculdade de Medicina da Ufba, Ana Paola Robatto Nunes, com a juíza de Infância e Juventude, Maria Fautas Cajahyba Rocha, e com a promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Andréa Ariadna Santos Correia.
As especialistas do grupo jurídico ressaltaram a importância da justiça restaurativa, respeitando os direitos e a cidadania das crianças e adolescentes, e alertaram para a relação entre vulnerabilidades sociais, violência e suicídio.
“Isso mostra que a saúde e a Justiça hoje já têm muito um olhar próximo, uma visão interdisciplinar do processo do suicídio como estando relacionado a vulnerabilidades sociais, a fatores de baixa resiliência e à importância que os diversos profissionais têm para reconhecer os casos precocemente”, destaca a pediatra Isabel Carmen Freitas.
Segundo ela, aproximação dessas duas áreas de atuação também serve para estruturar melhor a rede de acolhimento e ampliar a capacitação dos trabalhadores da justiça e da medicina no amparo, não apenas às crianças e aos adolescentes, como também aos adultos com problemas na área da saúde mental.
“Foi bastante proveitoso. Agradeço à Sobape pela oportunidade e ao grupo do Fetipa pelo aprendizado”, pontuou a hebiatra Isabel Freitas.
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