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Apoio familiar é fundamental para prevenir uso de drogas na adolescência
Publicada em 23/10/2020


 

Especialistas são unânimes em afirmar que as principais medidas de prevenção ao uso de drogas na adolescência devem ser praticadas no ambiente familiar, onde é possível estabelecer limites, acompanhar a rotina e, sobretudo, manter amplo diálogo com os filhos sobre os variados assuntos.

“Mostrar até onde as crianças podem ir com firmeza não é crueldade, muito pelo contrário. Limites firmes e muito bem definidos formam crianças que se sentem mais amadas e seguras. E que podem tomar decisões melhores ao longo da vida”. O alerta consta em um documento produzido conjuntamente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo projeto Dr Bartô, com 12 passos para pais e responsáveis praticarem em casa.

A iniciativa tem o apoio regional da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), como destaca a presidente Dolores Fernandez. “Essa é uma vigilância que não abrimos mão, no sentido de orientar as famílias sobre os riscos que as drogas oferecem ao desenvolvimento saudável das nossas crianças e adolescentes”.

O documento é assinado pelo representante da SBP nas ações de combate ao álcool, tabaco e drogas, João Paulo Becker Lotufo (coordenador do Dr Bartô), pelo presidente da Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB, o pneumologista e sanitarista Alberto José de Araújo, e pelo responsável pelo Ambulatório Geral de Pediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), Rafael Yanes Rodrigues da Silva.

“Muitas vezes quando falamos sobre drogas nos preocupamos muito mais com a substâncias do que com as pessoas que as usam. As drogas sempre existiram na sociedade e continuarão disponíveis”, analisa a hebiatra da Sobape e professora associada do Departamento de Pediatria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Isabel Carmen Freitas. Segundo ela, é a rede positiva de apoio ao jovem, formada pela família, escola, esportes, artes e consultas pediátricas que ajudam a diminuir os riscos de exposição.

Uma das medidas para estimular o diálogo e manter a família unida é cultivar o hábito de fazer as refeições todos juntos, mas com a importante observação de não levar celular à mesa. Uma pesquisa publicada em 2018 na Revista Brasileira de Epidemiologia aponta que fazer as refeições com os filhos diminuiu para a metade a prevalência de drogas.

O levantamento mostra que a prevalência de uso de drogas por adolescentes é 10% menor quando os pais têm conhecimento do que as crianças fazem durante o tempo livre. Os indicadores também sinalizam redução de 13,6 para 5,4% na prevalência de drogas nos casos em que os pais supervisionam os deveres de casa dos filhos. “Acompanhar os deveres dos filhos não significa fazer os deveres por eles. É demonstrar preocupação, interesse, envolvimento em tudo que eles fazem”, reforçam os especialistas.

Em outra ponta, os pediatras ressaltam a importância de os pais demonstrarem que têm orgulho dos filhos, invertendo a cultura repressora de nossa educação: “Cobra-se muito e se elogia pouco”. Incentivar atividades artísticas, culturais e esportivas, além de promover engajamento em atividades sociais de ajuda ao próximo, melhoram o relacionamento familiar e reforçam as orientações por escolhas assertivas para a vida. “A família deve ter um projeto na área social e estimular seus filhos a participarem dele desde cedo”, assim como praticar a espiritualidade, independente de crença, que soma como mais um fator protetor de prevenção ao uso de drogas.

Exemplo e Amizades

Nada é mais poderoso que o exemplo. “Crianças são como esponjas, absorvem tudo que está ao redor, principalmente os comportamentos”, destacam os especialistas que organizaram as orientações com medidas preventivas, ao advertirem sobre os prejuízos do consumo excessivo de drogas lícitas no ambiente doméstico. “Pais que permitem que os filhos bebam antes dos 18 anos de idade, além de irem contra a lei, aumentam a chance dos filhos se tornarem alcoólatras”.

“A ciência já tem bem determinado que dependência química está associada a idade de início do uso de uma substância: quanto mais cedo começa, maior a chance de se tornar dependente. Se o pai ou a mãe fuma, a chance de o filho fumar é maior. O tabagismo passivo já aumenta a chance de dependência do filho, pois ele já teve contato com a nicotina. Estudos demonstram que se o pai fuma, o risco de drogas ilícitas nos filhos foi quase 8 vezes maior. Se há presença de bebida alcoólica em casa, o risco para uso de drogas ilícitas foi quase 5 vezes maior”, detalham.

Os especialistas acrescentam que também é responsabilidade dos pais estimular boas amizades, uma vez que a maioria dos adolescentes tem a primeira experimentação de drogas ilícitas oferecidas por um amigos.

“A experimentação é o primeiro passo para a dependência. É preciso estar bem atento, pois a experimentação pode começar dentro de casa. O cérebro se desenvolve até os 21 anos. Qualquer droga iniciada antes da maturação do cérebro causa maior dependência e possíveis danos irreversíveis”, concluem.

BAIXE AQUI ARQUIVO PDF CONTENDO OS 12 PASSOS PARA PAIS PREVENIREM USO DE DROGAS NA ADOLESCÊNCIA!

 
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