(Site SBP)

Inovação, integração, multidisciplinaridade marcaram os debates do 25º Congresso Brasileiro de Perinatologia, que ocorreu pela primeira vez em formato híbrido. O evento – realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) – ocorreu de 2 a 4 de dezembro, em Salvador (BA). Com cerca de 3 mil especialistas participantes e 520 trabalhos científicos inscritos, números considerados acima das expectativas da organização neste segundo ano de pandemia, o encontro cumpriu com seus objetivos.

“Recebemos um retorno bem positivo dos participantes, tanto em relação à organização do evento quanto sobre os temas que fizeram parte da programação científica, mostrando a importância da neonatologia para a especialidade”, afirmou dra. Lilian Sadeck, diretora de Cursos e Eventos da SBP.


PROGRAMA - Com programação científica voltada para a saúde do recém-nascido e conteúdo com foco na qualificação das práticas clínicas, o congresso reuniu 120 palestrantes, sendo 21 estrangeiros, que ministraram aulas sobre nutrição enteral do prematuro; ensino, pesquisa e qualidade do cuidado em neonatologia; triagem genética universal; autonomia das famílias na condução do cuidado na unidade neonatal; sepse neonatal tardia; ventilação volume alvo; e mais.

No total, o encontro contou com 46 atividades científicas, sendo 17 conferências internacionais, 13 mesas redondas, 5 painéis, 4 conferências nacionais, 6 cursos e 1 fórum. “Todas essas atividades foram conduzidas por palestrantes experientes, que detalharam condutas úteis a todos os pediatras; esses conhecimentos compartilhados beneficiarão muito os nossos recém-nascidos”, declarou a presidente da Comissão Científica e presidente do Departamento Científico de Neonatologia da SBP, dra. Maria Albertina Santiago Rego.


INOVAÇÃO - A médica destacou alguns tópicos importantes abordados, como a sistematização dos fluxos assistenciais da gestante para o parto, perfilização das unidades perinatais para assistência neonatal e materna, qualidade do cuidado para melhores resultados imediatos e ao longo da vida e integração ensino-pesquisa e assistência para educação continuada. Também mencionou o debate inovador sobre a estrutura mínima da unidade neonatal para implementar processos clínicos que resultem em redução de morbidades e mortes neonatais. Essa discussão permeou as palestras dos especialistas no Fórum de Qualidade do Cuidado Perinatal.

“O conhecimento, desenvolvido com as pesquisas convencionais, a melhoria da qualidade do cuidado com a ciência da qualidade e com inclusão das famílias nas UTIs materno-neonatais, as falas dos palestrantes com suas vivências na pediatria neonatal, deixam um legado inestimável para a neonatologia e perinatologia brasileiras, para os clínicos e para a gestão do cuidado”, pontuou.

Os especialistas poderão acessar à plataforma do evento para assistir ou rever o conteúdo integralmente a partir de 17 de dezembro. “Dessa forma, todos poderão ampliar e consolidar seus conhecimentos, isso inclui as equipes do cuidado interdisciplinar e multiprofissional do cuidado neonatal”, salientou a dra. Albertina.