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Sobape celebra autorização da Anvisa para vacinar crianças contra Covid
Publicada em 22/12/2021


 

A Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) endossa o posicionamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) na defesa técnica que levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorizar o uso da vacina da Comirnaty (Pfizer) para crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19.

“A nossa posição é de corroborar, de assinar em baixo o que a comunidade científica tem posto, ainda mais quando se faz para proteger nossas crianças. O mundo já está avançando nesse sentido e o Brasil não pode ficar de fora disso. Hoje a gente pode afirmar com base no conhecimento atual que a vacina é segura”, destaca a presidente da Sobape, a pediatra Dolores Fernandez.

A decisão foi anunciada em reunião entre a Agência e sociedades médicas de especialidade, entre elas a SBP, após análise técnica de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório.

“A vacinação da Covid na faixa etária entre 5 e 11 anos de idade, assim como nos adolescentes, é muito importante. Desde o início da pandemia mais de duas mil crianças faleceram no Brasil por Covid-19 ou por ocorrência associada à Covid. Desse modo, a vacinação vai reduzir óbitos que podem ser imunopreveníveis e até mesmo pode auxiliar no controle da pandemia”, pontua a infectologista pediátrica, Anne Galastri, do Departamento de Infectologia da Sobape.

O presidente do Departamento de Imunizações, dr. Renato Kfouri, e o presidente do Departamento de Infectologia, dr. Marco Aurélio Sáfadi, representaram a entidade no encontro. Eles tiveram acesso aos estudos e resultados apresentados e foram consultores da Anvisa no processo de aprovação dessas vacinas para essa faixa etária.

“A Anvisa entendeu que ouvir as sociedades científicas era parte importante da avaliação e da aprovação do uso das vacinas”, considerou o dr. Renato Kfouri. Ele afirmou que esta era uma decisão esperada, “já que outras agências regulatórias como a europeia, a americana e a canadense já haviam aprovado a vacina, entendendo que os estudos de segurança e de eficácia eram suficientes para seu licenciamento”.

Na colocação do médico, a liberação da vacina traz benefícios não só para as crianças, mas também ajuda a reduzir a circulação do vírus na comunidade e a controlar a pandemia. “Sabemos que a tendência de novas ondas surgirem é dependente do número de suscetíveis que tivermos na população. Ampliar a base de vacinados – incluindo as crianças – é fundamental para que continuemos com a doença sob controle e evitemos a chegada da ômicron e de outras variantes”, pontuou o dr. Kfouri.

Estudos e aplicações que já ocorrem em outros países demonstram que a vacina é efetiva para as crianças de 5 a 11 anos, sendo que, até então, não houve a identificação de efeitos adversos graves que pudessem justificar o seu não uso em crianças.

“A doença tem se traduzido em hospitalizações e a vacina é importante para as crianças em um cenário de frequência de escolas com mais segurança. Até o momento, os benefícios oferecidos pela vacinação superam os eventuais eventos adversos registrados, após mais de 7 milhões de doses da vacina administradas nos Estados Unidos. Esses fatores corroboram com o posicionamento da SBP e com evidências científicas para o uso das vacinas”, explicou dr. Marco Aurélio Sáfadi.

BENEFÍCIOS - Há cerca de um mês, mais de 5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos receberam a primeira dose da vacina nos Estados Unidos, e mais de um milhão foram vacinadas com a segunda dose. Os especialistas frisam que esses dados indicam o importante perfil de segurança da vacina, que, de acordo com a Pfizer, possui eficácia de 90% para essa faixa etária, similar à eficácia para o público adulto.

“Os benefícios que vislumbram da vacinação neste grupo etário superam de forma inquestionável aos eventuais riscos associados a essa vacinação à luz das evidências científicas. Há outros países que já iniciaram a vacinação desse público etário há mais de um mês e até o momento não há relato de qualquer tipo de evento adverso grave que mais uma vez pudesse evitar o uso da vacina nesse grupo etário”, afirmou dr. Sáfadi.

Em nota conjunta enviada à Anvisa, a SBP, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) reafirmaram que “têm entendimento que à luz dos conhecimentos ora vigentes, os benefícios da vacinação na população de crianças de 5 a 11 anos, com a vacina Comirnaty, superam os eventuais riscos associados à vacinação, no contexto atual da pandemia. Desta forma, as referidas sociedades apoiam a autorização da vacina Comirnaty para as crianças na faixa etária solicitada pelo fabricante”.

ETAPAS - A decisão da Anvisa foi publicada ainda no dia 16 de dezembro em uma decisão extra Diário Oficial da União. Cabe agora ao Ministério da Saúde decidir pela inclusão ou não da vacinação contra covid-19 para crianças de 5 a 11 de idade no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Em seguida, decidir pela compra ou não dos imunizantes.

Caso a vacina de covid-19 seja incluída no calendário vacinal infantil, a Anvisa fez algumas recomendações para minimizar os riscos, como: o imunizante só poderá começar a ser aplicado após treinamento das equipes de saúde e em ambientes diferentes da área de imunização dos adultos, ou em dias diferentes; as crianças não poderão receber a vacina no modelo drive thru; e o imunizante não poderá ser aplicado com outras vacinas do calendário infantil.

Além disso, a dosagem da vacina para o público infantil é diferente da aplicada em adultos, correspondendo a um terço da dose. Por isso, para facilitar a identificação, os frascos e rótulos estarão na cor laranja. A vacina será aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias e cerca de 70 milhões de crianças deverão ser imunizadas contra a covid-19.

Também participaram da reunião da Anvisa representantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Todos se mostraram a favor da aplicação da vacina nas crianças.

Informações da SBP

 
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