Além de ser uma data dedicada aos namorados, 12 junho é dia de conscientização sobre as cardiopatias congênitas (CCG). As CCG são as alterações estruturais que ocorrem no coração e grandes vasos durante sua formação dentro da barriga da mãe, nas primeiras 8 semanas de gestação, antes até de a mulher saber que está gravida, como explica a cardiologista pediátrica e fetal Zilma Verçosa.
A CCG ocorre em 1 de cada 100 nascidos vivos. No Brasil, anualmente, 28.900 crianças nascem com CCG. Os casos estão distribuídos principalmente entre as regiões Sudeste, Nordeste e Norte. Desses, 80% necessitam de cirurgia, metade delas no primeiro ano de vida. Em nosso país, ainda temos dificuldade de equacionar essa conta.
Como destaca Zilma Verçosa, o cardiologista pediátrico é o profissional responsável pelo diagnóstico e planejamento do tratamento desses pacientes, desde a vida fetal até a vida adulta.
"Nesse dia de conscientização da cardiopatia congênita, reforçamos a atenção aos fatores de riscos no pré-natal, a necessidade de realização de ultrassonografia morfológica no primeiro e segundo trimestre, uma vez que a identificação de risco aumentado ou alterações na USG morfológica direciona a gestante a realizar o eco fetal, que vai não só identificar a cardiopatia congênita, como determinar a melhor opção de tratamento para o bebê", orienta a médica.
Desde 2014, foi introduzida para todos os bebês a triagem para cardiopatia crítica, com o teste do coraçãozinho realizado nas primeiras 24 a 48 horas de vida. O teste de triagem alterado orienta o pediatra a solicitar avaliação do cardiologista pediátrico e ecocardiograma antes da alta da maternidade.
"Após a alta da maternidade, os pais e pediatras devem estar atentos a sinais de cardiopatias congênitas: meu bebê fica roxo, cansa ao mamar, não ganha peso, apresenta sudorese nas mamadas? Esses bebês também necessitam ser avaliados", reforça Zilma Verçosa, cardiologista pediátrica e fetal.
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