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NOTA TÉCNICA INFORMATIVA - CAMPANHA CONTRA SARAMPO E POLIOMIELITE
Publicada em 07/09/2018

O Ministério da Saúde realizou, de 6 a 31 de agosto de 2018, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo. No entanto, as metas de imunização não foram atingidas. Para isto, foi prorrogada até 14 de setembro de 2018. O objetivo é bloquear a reintrodução da Poliomielite no Brasil e combater a circulação viral do Sarampo em nosso território.

A poliomielite e o sarampo são doenças virais agudas. A polio é caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito, preferencialmente em membros inferiores.

São consequências da Poliomielite (paralisia infantil), Paralisia, deformações de membros e até mesmo a morte . Doença que afetou a vida de mais de 26 mil brasileiros entre 1968 e 1989. (SBIM) A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral, alimentos e água contaminados com fezes ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da cavidade oral (tossir ou espirrar). Desde 1990 não há mais casos confirmados no nosso país. Mas, ainda ocorre em alguns países do mundo (Afeganistão, Nigeria e Paquistão). Se alguém infectado entrar em nosso território e existirem pessoas suscetíveis podemos ter a reintrodução do vírus da poliomielite no Brasil.

O Sarampo, por sua vez, cursa tipicamente com febre, quadro respiratório e/ou conjuntivite , seguido por lesões eritematosas em todo corpo e manchas de Koplik. Pode evoluir com acometimento pulmonar, encefálico e de outros órgaos, bem como até com o óbito. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias. Atualmente, temos inúmeros casos em nosso território. Este ano já aconteceram no Brasil 1500 casos de sarampo e 7 mil casos suspeitos principalmente no Amazonas e Roraima (dados da SBIm).

Ambas doenças não tem medicamento específico para cura e só medicações sintomáticas estão disponíveis. No entanto, a vacina contra ambas é segura, eficaz e o único modo de proteger..

Para mantermos as doenças longe de nossas crianças é preciso vacinar na rotina e nas campanhas de vacinação , alcançar coberturas vacinais de 95% da população de crianças na faixa etária de 2 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias( Contra Poliomielite) e 1 ano a 4 anos 11 meses e 29 dias(contra o sarampo) na rotina do Programa Nacional de Imunização. Temos vacinas seguras e eficazes, a melhor forma de prevenção é a vacinação.

A população alvo desta campanha é de crianças de um ano até quatro anos 11 meses e 29 dias. A meta é vacinar, no mínimo, 95% dessas crianças, pois assim, sabe-se ser o modo eficaz de controle de ambas doenças. Por isso, destina-se a vacinar a todos desta faixa etária, independente de situação vacinal. Além disto, captar pessoas sem a vacinação completa e crianças que tomaram a vacina e podem ter tido falha vacinal,
minimizando de modo significativo o risco de adoecimento.

Os efeitos colaterais de ambas as vacinas normalmente são leves e auto-limitados. São muito menos comuns em pessoas já vacinadas previamente. Sâo contraindicações para vacinação quem fez uso destas vacinas nos últimos 30 dias, anafilaxia prévia e quem apresenta febre no momento da aplicação. Devendo estes, postergarem a vacinação até a resolução do quadro.

Pessoas imunssuprimidas, como portadores de doenças reumatológicas ou de HIV, transplantados, em tratamento de câncer devem procurar seus médicos para orientação ou procurar um Centro de Referência em Imunológicos Especiais (CRIE) para serem orientados de modo específico. Nesses pacientes devem ser avaliados a suscetibilidade à doença e condição de imunossupressão, antes da decisão de vacinar esses pacientes.

Nesta campanha os pediatras são peças importantes no processo de manutenção da eliminação dessas doenças. Incentivando e orientando a população a se vacinar. Pais e responsáveis devem comparecer aos serviços de vacinação com suas as crianças, levando a caderneta de vacinação para avaliação e registro.

Os profissionais de saúde, Pediatras, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem , Agentes Comunitários de Saúde e equipes das salas de vacinas, devem orientar os responsáveis sobre os beneficios da vacinação e os riscos dessas doenças.

Departamento de Infectologia da Sobape e Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim)

Bibliografia:

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância da Doenças Transmissíveis. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. 4ª Ed. Brasília. 2014.

2. World Health Organization. Vaccines Safety Basics- Learning manual. 2013

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância da Doenças Transmissíveis. PORTARIA Nº 1.533, DE 18 DE AGOSTO DE 2016.Redefine o Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância da Doenças Transmissíveis. Infome Técnico Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e contra o Sarampo. Brasília 2018

5. Plotkin, A. S.; Orenestein, W. A. Offit PA (Eds) Vaccines. 7th Ed. Saunders. 2018

 
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